sábado, 17 de maio de 2014

Como eu era antes de você, de Jojo Moyes.

Gosto de livros  que me surpreendam e este livro me surpreendeu bastante. Pelo título e pela sinopse que li, imaginei uma coisa completamente diferente. A história é narrada a partir do ponto de vista de Louisa, em sua maioria, mas alguns capítulos são feitos a partir do ponto de vista de outras personagens. Eu não conseguia parar de ler esse livro, pra descobrir o que aconteceria em seguida. Vamos à história...
Will Traynor é rico, bonito, já conheceu o mundo todo e tudo vai muito bem em sua vida até o dia em que é atropelado e fica tetraplégico. E aqui eu já me identifiquei com o Will, por quase ter ficado tetraplégica também. Ele não aceita a sua nova condição, se afasta de tudo e todos que o lembram de sua antiga vida e, tempos depois, tenta se matar, mas sem sucesso. Então, faz um trato com os pais de permanecer vivo por mais seis meses e depois vai para a Dignitas, uma clínica que existe de verdade na Suíça e que ajuda pacientes terminais que não querem mais viver. Em muitas passagens do livro, há os seus relatos sobre estar preso à cadeira e como ele se sente sendo impotente diante das coisas, sem ter o direito de comandar a sua própria vida e embora seja uma coisa que eu não faria (pois quando sofri o acidente, mesmo não sabendo se andaria novamente, eu só pensava em como era maravilhoso estar viva), eu entendo perfeitamente o lado dele e isso me fez refletir muito sobre a vida de maneira geral. Até onde a pessoa pode decidir sobre o término de sua vida e até onde outras pessoas podem impedi-la?
Louisa Clark tem 26 anos e simplesmente nenhuma ambição na vida. Mora com os pais, a irmã, o sobrinho e o avô. Trabalha num café como garçonete e namora com Patrick há 07 anos, embora os dois já não tenham tantas coisas, ou nada mesmo, em comum.  Os dois sabem disso, sabem que o relacionamento não dará certo, mas decidem continuar vivendo a sua solidão compartilhada, o que para mim, é o pior tipo de solidão. Tudo muda na vida de Louisa quando o café em que ela trabalhava fecha e ela é obrigada a procurar outro emprego, mas o que fazer quando não se tem experiência com nada além de servir café e quando só se terminou o ensino médio? Depois de algumas experiências não muito gratificantes, ela é aceita como cuidadora de Will Traynor e é aqui que a história dos dois se encontra.
Lou é contratada para ajudar a fazer Will mudar de ideia sobre a sua vida, mas ela não sabe, e quando descobre, não quer mais o emprego, mas a mãe de Will a faz mudar de ideia. No começo, Lou odeia o emprego, pois Will não facilita em nada a sua vida, mas com o tempo os dois passam a se respeitar, a construírem uma amizade e daí nasce o amor entre os dois e Lou passa a ter e executar 1001 ideias mirabolantes para fazer com que Will mude de ideia.
Se ela consegue ou não faze-lo mudar de ideia, eu não vou contar, e no fim das contas, pensando bem, nem é o mais importante, mas acho que o mais importante do livro é a primeiro a reflexão do poder que se tem sobre a sua vida e a dos outros, depois as dificuldades pelas quais passa um cadeirante - sejam elas físicas ou psicológicas e por último, como algumas situações e pessoas podem acontecer em nossa (sim, pessoas também acontecem em nossas vidas rs) e nos tirar de nossa zona de conforto, dar um "acorda, menino" e fazer com que enxerguemos as nossas capacidades e que a vida é muito maior do que o que estamos acostumados e que merecemos uma parte muito maior na parte que nos cabe neste latifúndio. 
Pra quem acompanha este blog, não preciso nem dizer que chorei de ficar com dor de cabeça lendo este livro rs.
Muito bom!!!

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