terça-feira, 1 de agosto de 2017

Quem é você, Alasca?, de John Green.


"Quem é você, Alasca?" me lembrou vagamente "Os 13 porquês" do Jay Asher. Vagamente... Talvez pelo mistério sobre se foi acidente ou suicídio e os amigos tentando entender o porquê, caso tenha sido suicídio... Mas vamos ao livro... Miles, vulgo Bujão, sai de sua cidade natal para estudar em Culver Creek, em busca do seu grande talvez, que segundo o autor diz no livro foram as últimas palavras de François Rabelais (Miles é apaixonado por últimas palavras). Lá faz amizade com Chip, mais conhecido como Coronel, e começa a fazer parte da turma que apronta no colégio - bebidas, cigarros e trotes passam a fazer parte da vida de Miles. Através do Coronel, conhece Alasca e o encontro com ela mudará a sua vida, de certa maneira. Alasca é inteligente, divertida, um tanto quanto misteriosa e muda repentinamente de humor... Completam a turma de amigos, Lara, que vai ser uma espécie de primeira namorada de Miles, e Takumi. Bem, o livro não é ruim, mas possui partes bem maçantes e em alguns momentos eu pensei realmente em abandonar a leitura, mas decidi ir em frente. Do meio pro fim fica melhor, já que no meio vai acontecer o fato que meio vai dar o tom geral do livro. Em algumas passagens, podemos tratar algumas reflexões acerca da vida. Um bom livro pra quem busca uma leitura fácil e rápida. 

sábado, 29 de julho de 2017

A maldição do Titã, de Rick Riordan.


" A maldição do Titã" é o terceiro livro da série "Percy Jackson e os Olimpianos". Depois de serem chamados por Grover, Annabeth, Percy e Thalia partem para resgatar dois meio-sangues, pois estes estão ficando cada vez mais raros no Acampamento Meio-sangue. Durante a missão, Annabeth desaparece. Ártemis resolve ir atrás do monstro que caiu no penhasco e desaparece também. Enquanto isso, Percy tem sonhos que podem dar pistas de onde as duas se encontram. Tudo faz parte do plano de Cronos, que tenta fazer com que uma velha profecia seja cumprida para destruir o Olimpo. 

1822, de Laurentino Gomes.


"1822" é uma espécie de continuação de 1808. O autor retoma as explicações do processo de transformação do Brasil em uma nação, com ênfase aqui no processo de Independência. A noção de que foi algo pacífico é derrubada, pois vemos que o processo todo durou quase dois anos de muita luta, nas mais diversas regiões do país. O Brasil tinha tudo para dar errado. A maioria da população era escrava e entre os livres, a maioria era analfabeta. Vemos que José Bonifácio e Leopoldina tiveram um importante papel durante o processo de Independência e que às vezes tudo corria o risco de ir por água abaixo por causa do amor de Demonão por Titília, Domitila de Castro, a futura Marquesa de Santos. Como disse quando escrevi sobre "1808", também vemos que a corrupção e a falcatrua na política é algo que está enraizado em nosso país desde o seu princípio. Para quem gosta de História, acho um bom livro para ser lido. 

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Chuva sobre Havana, de Julio Travieso Serrano.


Em "Chuva sobre Havana", temos uma Havana crua e sem disfarces. A Havana dos traficantes, das jineteras (mulheres que se prostituem com estrangeiros em troca de dólares), dos permuteros (espécie de corretor de imóveis, o que é ilegal em Cuba), das pessoas que fogem nos botes de pneus procurando uma vida melhor. Aliás, a maioria das pessoas retratadas no livro estão atrás de uma vida melhor. A personagem principal do livro é o narrador, embora não seja nomeado, que lutou na revolução cubana contra o regime de Fulgêncio Batista, foi preso e torturado. Depois, tem um período áureo, com um bom cargo no governo, mas começa aos poucos a ver a sua vida pessoal e profissional declinar. Trabalha como permutero para poder sobreviver. Ele se apaixona por Mónica, uma jinetera, que tem um certo conforto material e gosta de literatura e dos Beatles. Malú, sua amiga, também jinetera, será a responsável pela mudança na vida das personagens e, de certa forma, pelos seus destinos. Não sabemos exatamente em qual tempo se passa a narrativa e os fatos narrados muitas vezes vão e vêm, não seguindo uma ordem cronológica. 

Bling Ring: a gangue de Hollywood, de Nancy Jo Sales.


Comecei a ler "Bling Ring" e confesso que não esperava muita coisa dele. O livro é o relato da Nancy Jo Sales contando como ela conseguiu as entrevistas e os dados para o artigo que fez sobre a Bling Ring, "Os suspeitos usavam Louboutin" para a Vanity Fair. O livro não é uma ficionalização do caso, como se pode pensar, já que a capa tem os atores do filme, mas é o relato da história real, com os nomes reais aparecendo e a repórter colocando os seus pensamentos e impressões sobre o que escutava e via. O livro me fez pensar muito sobre o culto exacerbado às celebridades. A "gangue de Hollywood" era formada por adolescentes que gostavam de moda e que cultuavam essas celebridades e suas roupas caras. E era como se ao entrarem nas casas dessas pessoas e roubarem as suas coisas, e depois passando a usá-las, esses adolescentes se sentissem mais perto dos seus ídolos, sentissem que também faziam parte daquele mundo. Entre 2008 e 2009 eles roubaram as casas de Paris Hilton, Lindsay Lohan, Orlando Bloom, Brian Austin Green, só para citar alguns. A coisa toda, pelo menos pra mim, era tão bizarra que eles roubavam e usavam as roupas das celebridades, indo a lugares públicos, postando fotos nas redes sociais, numa ostentação sem limites. será que achavam que nunca seriam pegos? Alguns relatos dos adolescentes ouvidos dão a impressão de que pra eles aquilo tudo era como se fosse uma grande brincadeira. Isso tudo me lembrou de um professor que eu tinha quando cursava História, que dizia que já tivemos uma época em que o que importava era o ser, depois o ter e agora importava o parecer ser... Mesmo que não fossem tão ricos, embora não fossem necessariamente pobres, quando usavam as roupas e objetos das celebridades, pareciam fazer parte daquele mundo. Algumas partes do livro são um pouco repetitivas, mas achei uma leitura boa e reflexiva. Acho muito válida, principalmente para pais de adolescentes pensarem a relação dos seus filhos com as tais celebridades.