Esse feriadão pra mim foi muito proveitoso no quesito leitura. Consegui ler dois livros em dois dias, o que não ocorria há um tempão. Um deles foi O Quinze. Achei maravilhoso. Um livro que foi publicado originalmente em 1930 e até hoje permanece tão atual. Pelo menos para nós, que moramos aqui no Nordeste. O livro trata da grande seca de 1915, que Rachel ouvia as histórias quando criança. Os anos passaram, mas a seca ainda constitui um problema para nós. E o estragos que ela causa ainda são os mesmos. Ouvi falar que o livro causou estranheza a alguns quando foi publicado. Primeiro por ser uma mulher a sua autora. e tão nova. E segundo pelo tema. A dureza e a veracidade com que Rachel trata o tema. O livro conta duas histórias: a de Conceição, uma professora que não casou, apaixonada pelo seu primo Vicente, que depois perderá o encanto, e neta de mãe Nácia, a quem leva para morar com ela quando a seca aperta. Conceição ajuda no Campo de Concentração, o lugar em que os refugiados da seca procuram por alguma ajuda. E a história de Chico Bento, que sai da fazendo em que trabalhava a pé com sua família, procurando chegar ao norte, onde para ele era um lugar em que havia esperanças. No meio da trama, a sua história se entrelaça à de Conceição, por meio do pequeno Manuel. Este é um livro que vale muito a pena ser lido. É de fácil leitura, rápido de ler e nos traz um cenário muito real do que é a devastação da seca. Muito bom!!!
Rachel de Queiroz soube passar para nós, seus leitores, o que a vida tem de mais precioso:a perseverança diante dos desafios.
ResponderExcluirRazão teve Euclides da Cunha ao escrever: "O sertanejo é, antes de tudo, um forte".
Roberval Marques do Amaral.