terça-feira, 13 de abril de 2010

Chico Xavier.


Ontem, depois de muito tempo, consegui encontrar a minha amiga, comadre e quase irmã Juliana. Estava morrendo de saudades dela. Fomos para o cinema. O do Shopping Boa Vista. Afinal de contas, estava em promoção: Segunda animada ou alguma coisa do gênero. A inteira tava por R$7,00. Fomos. Resolvemos assistir Chico Xavier. o filme é fantástico. Pelo menos foi pra mim... E ainda teve cenas dele que foram gravadas em Tiradentes, aquele lugar belíssimo. Me lembrei logo de Kíkero quando vi os passos abertos rs.
Chicoo Xavier mostra a vida do próprio desde criança, quando ele via o espírito da mãe. Letícia Sabatella em nada lembrava a malvada Yvonne de caminho das Índias. As interpretações do filme são muito boas.. Também o filme praticamente só tem fera... Pedro Paulo Rangel, Cássio Gabus Mendes, Luís Melo, Giovanna Antonelli, Letícia Sabatella, Giulia Gam, Christiane Torloni, Tony Ramos, Ângelo Antônio, Nelson Xavier... Estes dois dispensam comentários quanto às suas interpretações. Foram realmente muito boas. Podemos ver Ângelo como raramente podemos vê-lo, mostrando todo o seu talento, que nem sempre é mostrado nas novelas da Globo. E o Nelson? Nossa! O próprio Chico. Esta é a diferença entre o bom e o mau ator. Aprendi isso quando fazia aula de teatro. O bom ator é aquele que empresta o corpo para o persoonagem. Aquele que você não o reconhece em seus papéis. Já o mau ator... Ou o péssimo... Como têm aparecido tantos por aí... Por mais esforço que ele faça, continua lá.... Ele não consegue se desligar dele mesmo...
Uma das cenas mais emocionantes é quando a irmã dele, que agora esqueci o nome, diz para ele que na casa ficam ele ou a família, pois a vida da família virou um inferno por conta de seu dom. E ele, humildemente vai embora... E pega aquela maria fumaça, que acho que foi gravada na que liga Tiradentes a São João Del Rei. Procura cenas engraçadas? Também tem. Uma é quando ele vai tirar espíritos obsessores que estão em um grupo de mulheres e diz ao rapaz que se algum espírito se apossar dele, o rapaz continue no evangelho com firmeza. Não digo o que acontece porque senão perde a graça. Outra é a do avião. Esta é hilária. Emanuel, o seu guia espiritual, o diz para morrer com educação. Me acabei de rir no cinema. Emocionante também é a cena que a mãe, interpretada por Toloni, recebe a carta do filho morto pela primeira vez, e também quando o pai, de Ramos, tão cético, se emociona com a carta de seu filho. A cena do julgamento pra mim é uma das mais marcantes, quando o pai diz que é ateu, mas mesmo assim acredita que foi o filho que mandou aquela carta.
Se um ateu acredita em espíritos? Porque tanta gente por aí não acredita? Como disse Shakespeare um dia... Há mais segredos entre o céu e a terra do que desconfia a nossa vã filosofia. E eu concordo com ele. Uma coisa, só porque não a vemos, não quer dizer que ela não possa existir... Quer dizer apenas que somos limitados demais para vê-la...

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