quinta-feira, 6 de maio de 2010

Casamento de Miguel e Luciana.


Hoje eu assisti a Viver a Vida somente por conta deste casamento. Sempre achei o amor dos personagens muito bonito, sincero e verdadeiro, o que está tão difícil nos dias atuais. Aliás, nos dias em que vivemos o amor é algo que está em completa extinção. Fiquei emocionada quando ela chegou na cadeira levada pelo pai. E quando Jorge foi cumprimentar os noivos e desejá-los felicidades? Nossa! Isso é que é um perdão bonito... O perdão pra mim é algo muito bonito de se dar e de se receber. Pode parecer o contrário, mas ao dar o perdão, você está ganhando mais do que a pessoa que está sendo perdoada. Mas a surpresa da noite foi a Ingrid ter aparecido no casamento do filho. Algumas mães são engraçadas. Querem controlar com quem os filhos saem, com quem eles namoram. Será que elas não vêm que não têm controle sobre as suas próprias vidas, que dirá sobre a vida dos filhos? A minha mãe nunca foi assim. Ela sempre me deixou viver as minhas próprias experiências. Se eu quebrar a cara, ótimo. Afinal, aprendemos mais com os erros que com os acertos. É engraçado como nenhuma mulher está à altura dos filhos da Ingrid. Quando a Luciana era modelo, é porque é modelo. Agora, é porque tá na cadeira de rodas. A Ariane não serve porque tem um filho. Deus me livre ter uma sogra assim. O pior é que tenho uma tia que é igualzinha à Ingrid... Do casamento da novela, só não gostei do penteado da noiva...Tinha uma coisa melhor pra fazer na cabeça dela não?
Mas a minha maior surpresa da noite não foi a Ingrid ter ido ao casamento, mas foi a minha vó dizer que concordava inteiramente com a Ingrid. Onde já se viu, uma aleijada casando? Meu Deus! Fiquei rosa chiclete! Como assim? Será que ela não se lembra que eu quase ia ficando sem andar também depois do acidente? Será que eu não teria tido o direito de me casar? Aí ela disse que aquilo era só mesmo em novela... Um rapaz bonito, ou feio também, se casando com uma mulher na cadeira de rodas. Eu disse a ela que hoje em dia, rapazes geralmente não querem mais casar, esteja a mulher numa cadeira de rodas ou não, mas se acontecesse de existir amor, acho que as pessoas se casariam sim. Ela disse que eu era muito ingênua porque aquilo não existia. Eu posso ser ingênua, mas acredito no amor. Acredito em milagres. E acredito no impossível. E o mais importante, acredito que acima de qualquer coisa, as pessoas têm o direito de ser felizes!Ninguém está incapacitado de nada por estar em uma cadeira de rodas, incapacita-se para a vida aquele que não a vive plenamente! Incapacitante é o preconceito, que te paralisa e te impede de enxergar as coisas com perfeição. Lembrando o discurso do padre no casamento, somos todos irmãos e o preconceito é uma forma de desrespeito com o nosso irmão. Porque ao invés de conceber conceitos antecipados sobre o que não sabemos, não procuramos simplesmente conhecer o complexo ser humano que encontra-se, tantas vezes, tão perto de nós e geralmente nem nos damos conta?

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