
Depois que saí da sessão de arte com mainha, passamos pela frente do cinema para ir almoçar e descobrimos que ia passar Macunaíma no Cineclube, de graça. É lógico que fui almoçar e voltei né? Rs. Nunca li a obra de Mário de Andrade, mas acho que todo mundo meio que conhece a história. O filme é muito bom. Todos aqueles elementos do Cinema Nacional: sexo, safadeza, nudez, cores fortes. E ainda tinha o Grande Otelo e a Dina Sfat, os quais eu nunca tinha assistido nada com eles. Quando Macunaíma nasce me lembrou muito Benjamin Button. Não o filme, mas o livro, já que Button também nasce grande. A cena em que ele toma banho numa fonte e fica branco representa, pra mim, muito bem a nossa sociedade. As pessoas que não aceitam sua cor, sua cultura e fazem tudo para se parecer com o outro. Porque parece que o outro é mais bonito. O outro é mais aceito. A Joana Fomm trabalha no filme, bem novinha. E o Milton Gonçalves também... Bem novinho. Ah.... e tem também o Paulo José que faz o Macunaíma branco. O Macunaíma vive numa preguiça que faz gosto (Ai que preguiça!) e é um malandro nato. Engana todo mundo, menos a mãe. Trai o irmão com a cunhada. Coloca os irmãos na maior confusão e sempre sai ileso das trapalhadas em que se mete (e mete os irmãos, diga-se de passagem). Quando terminou o filme, o antropólogo que foi para a discussão falou que Macunaíma tem elementos do Cinema Novo (as coisas que nos identifica na tela como brasileiros), mas também tem elementos de chanchada. ( o mau caráter, o humor). Um cara da plateia disse que via no filme elementos do tropicalismo (a guitarra elétrica, as cores). Eu achei a trilha sonora muito legal. Bem brasileira... O filme é fantástico. Quero assistir de novo, num momento em que eu esteja com menos sono. E pra quem se interessar, o Cineclube do São Luiz acontece todos os sábados às 14 horas. No mês de setembro a temática é cultura brasileira.
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