segunda-feira, 27 de junho de 2011

Lope.

Hoje fui assistir a Lope, lá no São Luiz. Tinha lido que num era muito bom, mas fui ver mesmo assim. Eu gostei. Acho que porque não conheço nada mesmo da vida do poeta espanhol Félix Lope de Vega y Carpio, então pra mim o que dissessem ali não faria muita diferença. 
Bem, o filme começa com uma cena de batalha, no fim do século XVI, com o nosso poeta (Alberto Ammann) em batalha e narrando uma carta à sua mãe dizendo que está chegando em casa. O único porém é que ele diz à sua mãe (Sonia Braga, em participação meteórica, de tão rápida) que está chegando cheio de dinheiro em casa, o que não necessariamente corresponde à verdade. Pouco tempo depois, a sua mãe morre e ele faz um enterro para que o povo pense que ele tem condições e também por sua mãe merecer um bom enterro. Duas vezes no filme se fala que o que o povo pensa de você acaba sendo o que você é. Eu não concordo muito com isso. Eu sou o que sou e não o que o povo pensa que sou, mas tem muita gente por aí que pensa o contrário. 
Lope começa a trabalhar para Jeronimo Velásquez (Juan Diego), inicialmente como copista e depois como autor de comédias. Logo, ele se envolve com a filha de Velásquez, Elena Osorio (Pilar López de Ayala), uma senhora casada que se apaixona por Lope de Vega. Por ironia do destino, Vega é contratado pelo Marques de Navas (Selton Mello) para escrever cartas à sua amada Isabel (Leonor Watling), que acaba descobrindo que quem escreve as cartas é Vega e se apaixona por ele. Os dois acabam fugindo para Portugal, ou pelo menos é o que tentam, pois Lope descobre que Elena é uma mulher casada e nunca poderá dá-lo o que ele quer, que no filme parece ser o casamento e tal. 
Pelo que entendi do filme, Lope de Vega parece ser o responsável por introduzir na Espanha uma nova forma de se fazer teatro, combinando elementos da tragédia e da comédia, a tragicomédia, pois dizia que na vida as situações estão misturadas, nem se é sempre triste e nem se é sempre alegre. Nisso eu concordo com ele...
O filme termina contando que ele teve 14 filhos e escreveu mais de 4000 mil poemas e não me lembro mais quantas peças de teatro (embora tenha lido quase agora num site que foram mais de 1500 peças). Eu desconheço alguém que tenha escrito mais que isso ou no mínimo chegado perto. Agora eu vou procurar alguma coisa dele pra ler. Gostei muito!!!
Ah... o filme é uma co-produção (isso ainda tem hífen ou não?) entre Brasil e Espanha. Está em cartaz no Cinema São Luiz, pelo menos de terça a quinta (na segunda o cinema não funciona e não sei se na sexta vai mudar) em sessões às 16:40 e às 19:00hs. 
P.S.: Em breve temos o festival de filmes venezuelanos no São Luiz, de 11 a 14 de julho, às 19 horas.

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