Desde o ano passado que tava doida pra assistir Febre do Rato. Teve uma sessão no São Luiz no ano passado, que eu tava doida pra ir, ir eu até fui, mas quando cheguei lá não tinha mais ingressos. Iam abrir outra sessão, mas bem tarde e aí, como eu sou feia e moro longe, não dava pra mim. Voltei pra casa meio frustrada, não vou mentir... A vontade de assistir ao filme era enoorme e a curiosidade de vê-lo também porque já tinham falado muito dele. E porque eu gosto muito dos filmes do Cláudio Assis. Quando eu assisti Amarelo Manga eu achei o filme tão O Cortiço, de Aluizio Azevedo. Ontem fui assistir no São Luiz a Febre do Rato. Gostei muito do filme. Gosto muito dos filmes do Cláudio Assis por não terem meias palavras, por serem crus, por não ter pudores... Ontem mesmo teve gente que saiu no meio da sessão, na cena em que uma personagem transava com três caras. O filme tem atores conhecidos nacionalmente como o Matheus Nachtergaele e a Nanda Costa e tem os da terrinha, como o Irandhir Santos, que eu acho um excelente ator. Uma coisa que eu achei interessante é que os atores de fora souberam dar voz ao nosso sotaque sem que ficasse uma coisa forçada, como nas novelas da Globo. Mas vamos ao filme né? Zizo (Irandhir Santos) é um poeta que se poderia dizer marginal, embora já me tenham dito que o termo poesia marginal não deve ser levado em consideração por um montão de motivos que não cabem aqui falar, enfim... Para os que vêem o Zizo de fora, ele parece inconformado, mas será que ele realmente é inconformado? Ou inconformado é o povo que vive atrás de um monte de coisas que pode-se passar sem? O Zizo tem junto de si os seus amigos, a sua poesia, o seu amor por Eneida (Nanda Costa). Do que mais ele precisa? Precisa-se realmente de muito para se viver? O filme é bem poético. As performances de Zizo me lembrou as performances do Lirinha. E o filme ser em preto em branco dá um quê a mais em sua poesia. recomendo muito. Mas vá sem moralismos... Vá de alma e mente abertas...
Vale lembrar que o filme ganhou 08 prêmios no Festival de Paulínia em 2011: Melhor Filme, Melhor Ator - Irandhir Santos, Melhor Atriz - Nanda Costa, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Trilha Sonora, Melhor Edição e Prêmio da Crítica.
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