sexta-feira, 3 de maio de 2013

Era uma vez eu, Verônica.

A primeira coisa que posso dizer sobre este filme é que foi é um exercício bastante interessante você ver a sua terra estando em outro lugar, onde os costumes são outros e até a estética dos filmes é outra. Aqui no Rio impera a estética da violência e da favela. Em Pernambuco, a estética é crua, que te desnuda (às vezes literalmente rs) e te tira do lugar-comum. Ontem na Mostra ACIE foi exibido Era uma vez eu, Verônica. Um filme lindo sobre não sentir-se de lugar nenhum, embora tudo esteja indo bem aos olhos alheios. Quem nunca passou por isso? Verônica é recém formada em Medicina, faz residência, tem amigos, um namorado que gosta dela, um pai amoroso, mas não se sente feliz, não se sente parte de nada daquilo. Me lembrou o que passei no começo do fim do ano passado, que culminou com o fim do namoro quase noivado. Às vezes por mais felizes que pareçamos, estamos gritando por dentro, em busca de alguém que nos ouça no nosso silêncio. Esse filme pra mim foi poético, me tirou do meu lugar-comum, da minha zona de conforto... Muito bom e a Hermila Guedes, como sempre, arrasou no papel principal. Uma ótima pedida...
P.s.: Uma coisa que esqueci de dizer no outro post é que os espectadores também participam da votação, dando nota ao filme que assistiu.
P.s. 2: Teve gente que se levantou da sala de exibição por conta das cenas de sexo e nudez do filme... num país em que no carnaval a nudez é exportada pro mundo todo. No mínimo, curioso...

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