quarta-feira, 20 de abril de 2016

A teoria de tudo.


Sábado, no meio da chuva torrencial que caía em Recife, resolvi assistir "A teoria de tudo". Que filme! Não sei se estou muito emotiva, o que sei é que chorei muito assistindo a ele. Acho que o filme pode ser resumido a uma palavra: amor. Amor de Jane (Felicity Jones) por Stephen (Eddie Redmayne), de Stephen por Jane, amor pela vida, o que traz a Stephen uma vontade enorme de viver e de não se acovardar diante dela, o que seria o caminho mais fácil, dada a sua condição. A vida é muito engraçada, como diria meu amigo Kíkero. Um estudioso do tempo tem que correr contra ele para que não seja tarde demais e suas ideias não possam mais ser difundidas. Aos 21 anos, Stephen descobre ter a esclerose lateral amiotrófica e os médicos lhe dão dois anos de vida. O tempo passou e hoje ele tem mais de 70, não sei ao certo setenta e quantos. E na sua jornada, a sua ex-mulher, Jane, teve papel fundamental. Tanto que, mesmo separados, continuaram amigos. A relação dos dois muda com o tempo. Do amor maravilhado do começo passa a algo menos romântico e mais cuidadoso, e com esse cuidado, vemos o cansaço e o esgotamento de Jane, que deixa entrar na relação uma 3ª pessoa, o Jonathan (Charlie Cox, o demolidor da série da Netflix). No filme, os dois ficam juntos apenas após a separação dela e de Stephen. Na vida real, li que os três moraram juntos, mas quem somos nós para julgar os outros? Quem se imagina numa situação tão extrema como essas e pode adivinhar o que fará, caso lhe aconteça? Quando Stephen vai ao teatro e sofre o acidente que precisará fazer uma traqueostomia para nunca mais falar, seria muito fácil para Jane mandar desligar as máquinas, como sugeriu o médico, mas por amor, ela luta pela vida do marido, mesmo que não soubesse ao certo o que viria a seguir. O filme poderia ser um dramalhão, mas não é isso que acontece. O que vemos é uma pessoa com uma grande vontade de viver, uma mente brilhante, um exemplo de persistência pela vida e, apesar de tudo, uma pessoa com um grande senso de humor. E eu não poderia jamais terminar este post sem falar do excelente trabalho de ator do Eddie Redmayne. O trabalho corporal que ele fez foi muito bom, pois em muitos momentos você se esquece que aquilo é só alguém representando e pensa que é o próprio Stephen que está ali. Um filme excelente e verdadeiramente inspirador, que nos faz perceber que, por pior que a nossa vida esteja, sempre vale a pena lutar por ela. 

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