sexta-feira, 10 de março de 2017

Para sempre Alice.


Alice Howland (Julianne Moore) é doutora em Linguística. Um dia, esquece uma palavra. Em outro, se perde quando está correndo. O diagnóstico: alzheimer. A partir daí, vemos a luta de uma mulher que não quer se perder de si mesma, contando para isso com o apoio do marido e dos filhos. Ao longo do filme, vemos o casal ficar cada vez mais afastado e a aproximação de Alice com a filha mais nova, de quem não era tão próxima, e com a qual fica quando o marido decide aceitar um emprego em outra cidade. Há muitas cenas boas no filme. Podemos acompanhar o processo de degeneração tanto da  memória quanto física da personagem. A cena mais bonita pra mim é a do discurso que ela dá na associação de pessoas com alzheimer, falando sobre a sua relação com a doença. Depois dessa cena fiquei pensando que se a memória é uma parte importante na construção de ser quem você é, quando você começa a perdê-la, quem você passa a ser? (devaneios cecilianos rs). A cena mais impactante pra mim é quando ela não consegue achar o banheiro. Talvez seja ali o ponto em que ela vai piorando cada vez mais. Tive uma tia que teve a doença e achei interessante a forma como o filme coloca a relação do doente com as outras pessoas. O doente sofre, mas talvez a família sofra mais por não ser reconhecida e lembrada. Vale ressaltar a atuação de Julianne Moore que é espetacular, com certeza merecedora do Oscar que ganhou. 

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