quarta-feira, 19 de abril de 2017

Silêncio.


Depois que acabei de assistir Silêncio eu percebi que talvez tenha colocado um pouco de expectativas demais nele. Não, o filme não é ruim, mas em alguns momentos se torna meio cansativo, pois não há uma reviravolta nele. Andrew Garfield está muito bem como o Padre Sebastião Rodrigues. Foi a melhor atuação que eu já vi, dos filmes que já assisti com ele. Já Adam Driver como o Padre Francisco Garupe está tão inexpressivo como o Kylo Ren de O despertar da força. E Liam Neeson está mediano.  Por falor neles, o engraçado é que o filme tem meio mundo de atores japoneses, muitos deles aparecendo mais que Driver e Neeson, mas o pôster do filme só dá destaque aos não japoneses. Enfim... Vamos lá ao filme... A obra se passa no Japão do século XVII, numa época em que os jesuítas tentavam levar o Cristianismo para lá. Rodrigues e Garupe vão para lá atrás de outro Padre, Ferreira (Liam Neeson), mas os cristãos estão sendo perseguidos e mortos e os padres pegos servem de exemplos para eles. Uma das partes que achei mais interessante no filme é a conversa entre o inquisidor e Rodrigues, onde aquele lhe diz que a doutrina que ele traz consigo pode servir para Espanha e Portugal, mas é inútil para o Japão. Mais adiante, Rodrigues lhe diz que a verdade é universal, referindo-se à religião cristã. Bem, a verdade nem é universal e acaba que cada um vai ter a sua né? O filme traz algumas reflexões com relação à religião e à relação do homem com Deus. Até onde você iria em nome de Deus? Deixaria pessoas morrerem porque você não quer renunciar à sua fé? Morreria em nome dela? Deus lhe castigaria por você renunciar à sua fé para salvar os seus irmãos? Recomendo!!!

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