Ainda há pouco terminei de ler Preciosa. Se eu adorei o filme, eu AMEI o livro. Como diz a Entertainment Weekly na capa: "Você testemunha o nascimento de uma alma". Lendo, fiquei mais próxima de Claireece Precious Jones, já que ela é quem narra o livro. A linguagem é a dela, desviada da norma culta. Ao longo do livro, vamos percebendo como ela vai melhorando a sua escrita até ganhar o prêmio da Prefeitura pela alfabetização de adultos. Ela quer ser mais do que lhe dizem que ela pode. No livro, a gente vê que ela era abusada sexualmente tanto pelo pai quanto pela mãe. Uma mãe daquela ninguém merece... Pena que no livro Precious não consegue recuperar a Monguinha... Mas no livro, por outro lado, conhecemos melhor as histórias de Jermaine, Rhonda e Rita, as suas amigas da escola. A professora Blue Rain é importantíssima em sua vida. Depois que passa a frequentar as suas aulas, Precious descobre que é capaz de tudo, capaz de fazer qualquer coisa, desde que ela acredite que é capaz. Vemos também o seu dilema em relação à figura do pai, o Carl Kenwood Jones, pois ela sente-se culpada já que ele o estupra, ela sente dor com aquela situação, mas mesmo assim acaba gozando no ato sexual. E ele lhe eu a melhor coisa de sua vida, o Abdul. Quando ela descobre que é uma soropositiva é como se o seu mundo tivesse caído, mas ela conta com o apoio de Rita, que também é, e leva-a a grupos de apoio a soropositivos e a vítimas de incesto. Chorei muito lendo o livro, especialmente o final. Mas o mais importante de todo o livro é que ela descobre que usuários de drogas e vítimas de incesto e estupro não são apenas negros, como haviam lhe dito. Nos grupos de apoio, Precious descobre que as vítimas para estes males não têm idade, não têm cor, endereço ou posição social. Qualquer pessoa pode ser a próxima vítima...
sexta-feira, 16 de julho de 2010
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