Comprei "Tempo de esperas" na Bienal do livro. Aproveitando o bônus que ganhei. Eu sou fã dos livros do Padre Fábio e quando vi esse tive que comprar. Comecei a ler antes de ontem e não consegui mais parar. Terminei hoje. Amei o livro, que conta a história de Alfredo, um universitário que pensa que sabe tudo e que foi abandonado pelo amor de sua vida. Ele fica perguntando por respostas sempre, esquecendo que o que nos move são as perguntas. Alfredo, começa a trocar correspondência com Abner, que um dia foi o retrato de tudo o que Alfredo gostaria de ser: professor universitário, conhecido em todo o mundo, autor de teorias... mas Abner deixou tudo isto para trás para se encontrar. No começo da troca de cartas, Alfredo era uma criatura totalmente amargurada pela perda de seu grande amor, principalmente porque Clara tinha deixado ele por um florista. E com isso, ele sentia-se humilhado. Ele queria saber o porquê a todo custo. Quando ele falou em uma das cartas que leu "O Banquete", de Platão nos seus encontros com Clara, eu prontamente soube o porquê. Sinceramente!!! Platão e namoro não combinam. Abner aos poucos vai fazendo o Alfredo mudar. Diz que ele é inteligente, mas não sábio e entre a inteligência e a sabedoria há um abismo. Diz pra ele plantar um jardim (por ironia do destino). A partir dos cuidados com o jardim, Alfredo reencontra-se. Ele já não ocupa todo o seu tempo com o rancor de ter sido deixado. O seu amor por Clara já não pesa tanto. Nas correspondências eles falam de amor, amizade, filosofia, sabedoria, Deus... O final me supreendeu, embora eu já desconfiasse que o "A dor do amor à luz da filosofia" não existisse... Muito bom!!! Uma bela história de amor e uma bela história de reencontro de um ser humano com si próprio.
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