Eu já tinha ouvido falar muito de A casa dos espíritos, mas realmente não imaginei que ele fosse tão bom. O time de atores é excelente. A maquiagem, então... Nossa!!! Muito boa!!! Esse foi um dos melhores filmes que já assisti. E olhe que assisto muitos filmes... A história também é muito boa. Primeiro conta as transformações políticas pelas quais passou o Chile, o golpe de Pinochet no governo de Salvador Allende... Mas antes de ser um filme sobre política, é um filme sobre as relações humanas. Esteban (Jeremy Irons) é apaixonado pela irmã de Clara, mas ela morre. Clara tem o dom de ver o futuro e prevê uma morte na família. As pessoas sempre a consultam para escutar conselhos. Depois que a sua irmã morre, Clara jura que nunca mais falará, pois se sente culpada pela morte da irmã. Anos se passam até que Clara (Meryl Streep) e Esteban se reencontrem. Esteban quer uma mulher e resolve pedí-la em casamento. E Clara volta a falar. De mineiro, no começo da história, Esteban passa a grande proprietário de terras, dono d'As três Marias (se não me engano é esse o nome da propriedade). Férula (Glenn Close), irmã de Esteban, vai morar com eles, mas com o tempo, Esteban acaba desenvolvendo um ciúme da relação entre sua mulher e sua cunhada. Da união, nasce Blanca, que tem como melhor amigo, Pedro. Quando crescem, se apaixonam, ou talvez já sejam apaixonados um pelo outro desde pequenos. Blanca (Winona Ryder) e Pedro (Antonio Banderas) têm uma filha. Pedro é revolucionário. Vive falando aos camponeses que eles têm direitos a um salário, folga... Quando o regime militar é instaurado, Pedro logo é perseguido e Blanca é presa por ser sua namorada. Quem a tortura é o seu meio irmão, filho bastardo de Esteban, que como nunca recebeu a atenção do pai, se vinga na irmã. Outra coisa que eu achei muito interessante nesse filme é como ele mostra o amor. Apesar de todas as diferenças entre Clara e Esteban, eles se amam. Não de uma forma carnal, pois ele sempre procurava outras mulheres, mas talvez da forma que, no fim das contas, seja a que conta, de uma forma companheira... Tem uma parte do filme em que Esteban bate na Clara e ela diz que nunca mais falará com ele. E assim é. Mas tem uma hora que ele sente tanta falta da companhia dela que ele vai na casa onde ela tá morando e diz que ela não precisa falar com ele, ele só quer a companhia dela. Achei muito bonita a cena. O amor certamente ultrapassa barreiras... Quando terminei de ver o filme, fiquei curiosa pra ler o livro. Fui correndo no site da Cultura encomendá-lo... Em espanhol, claro. Pena que só vai chegar em abril...
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