Uma terrível mania que tenho é a de assistir as novelas e minisséries quase toda e não assistir aos seus finais. Com Capitu não foi diferente. Eu gosto muito de Dom Casmurro e gostei muito desta série. Não saberia dizer se Dom Casmurro é o meu livro favorito de Machado de Assis, mas Capitu é a minha personagem favorita na literatura. Sem direito a defender-se das acusações de Bentinho, ela tem que viver sendo vista através da ótica do marido. Por isso achei muito interessante o livro Capitu - memórias póstumas, do Domício Proença Filho, que dá voz à minha querida personagem. Toda vez que leio ou assisto algo relacionado a Dom Casmurro, reforço a minha ideia de que Capitu era muita mulher (não está errado, é muita mesmo) para o pouco homem que era Bento Santiago. Desde jovem, ela soube esperar e lutar ao seu modo por aquele amor, enquanto que Bentinho só fazia reclamar de seu destino de ser dado como padre, por conta da promessa de sua mãe, e de suas saudades. Mas o querido Bentinho não sabia que um amor não é feito de lamentações, mas de superações e construções.
Bem, mas vamos à série... o que posso dizer é que a Globo, quando quer, sabe fazer uma coisa que preste. A série tem uma estética muito boa, um misto de teatro com outras coisas. Tem uma excelente trilha sonora que vai de Beirut a Black Sabath, passando por Janis Joplin. Ela mantém a coisa do livro de ser dividido em muitos capítulos e a conversa de Bentinho com os seus leitores, tão típicos da escrita Machadiana. Eu achei uma excelente adaptação. E o Michel Melamed está excelente como o Bento Santiago/Dom Casmurro. O Bentinho jovem é feito por Cesar Cardareiro. Quanto a Capitu, na primeira fase é feita pela Letícia Persiles e na segunda, pela Maria Fernanda Cândido. Esta é realmente uma adaptação de uma obra literária que vale a pena ser assistida...
Só pra constar... Terminei de assistir a série um pouco antes de escrever o post...
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