Se tem um período da História do Brasil pelo qual eu sou apaixonada é o do Império, principalmente por causa da figura de D. Pedro II, que muitas coisas fez pelo Brasil. Basta ir a Petrópolis e ao Rio de Janeiro e verá que eu estou certa... Quanto a D. Pedro I não sabia muita coisa, apenas que ele tinha tido duas mulheres, Leopoldina e Amelia; muitas amantes, sendo a mais famosa delas Domitila de Castro, a Marquesa de Santos; e muitos filhos, o mais famoso, D. Pedro II. Ganhei A Carne e o Sangue de Edson no dia dos namorados. Eu pedi a ele este livro caso ele não encontrasse o volume cinco das crônicas saxônicas. O que possso dizer é que ao ler o livro, senti falta das minhas aulas de História, do curso de História e de todas as coisas que a História pode proporcionar a quem gosta dela. Gosto do curso de Letras, mas da parte de Literatura apenas e cada dia me convenço mais e mais disto. História é uma paixão, um amor, um aprendizado, uma reflexão. Mas deixemos de tantas divagações e vamos ao que trata o livro. O título nos remete aos amores de carne e aos amores de sangue. Os de carne sendo os de D. Pedro enquanto apenas homem e os de sangue, as suas obrigações enquanto Imperador. O livro trata do triângulo amoroso entre Pedro, Leopoldina e Domitila. Esta era uma mulher ambiciosa e que não estava para brincadeiras. Teria dito que amava o imperador, mas amava mais ainda o poder que dele emanava. Leopoldina, coitada, só fazia parir e sofrer humilhações públicas por parte do marido e da amante deste. Me deu até dó da pobre da Leopoldina, que morre depois de suportar as tantas humilhações, mas ao mesmo tempo eu também tive raiva dessa pobre criatura rica, pois ela aceitava tuudo com uma resignação digna não sei nem de quem, mas a paciência era digna de Jó. Ela sofria em silêncio. Nunca reclamava em público. Tinha um nome, uma fé e um dever a serem zelados. Tinha uma verdadeira adoração pelo marido. Eu nem sabia, mas ela era cunhada de Napoleão e sobrinha-neta de Maria Antonieta. Outra coisa interessante que descobri nesse livro é que as cores do Brasil, o nosso verde e amarelo, nada têm a ver com as nossas matas e o nosso ouro. O verde era a cor dos Bragança, dinastia à qual pertencia D. Pedro; e amarelo era a cor dos Habsburgo, dinastia à qual pertencia Leopoldina. O azul e branco são as cores que representavam Portugal nessa época. Quanto a D. Pedro o que posso dizer é que o nosso querido imperador era quase um maníaco sexual. Gostava de desenhar pênis em suas cartas a Titília, como carinhosamente chamava Domitila. Não podia ver um rabo de saia e teve muitos casos com moças e senhoras de boas famílias, alguns com o consentimento dos pais e dos maridos. teve mais de 20 filhos. Se não perdi a conta, foram 24. Depois da morte de Leopoldina, ele vai deixando Titília de lado aos poucos e não mais assina como o Demonão. O dever o chama. E Amelia entra na história para colocar rédeas curtas no rapaz, que morre muito jovem, em Portugal, enquanto está em guerra com o irmão pelo trono de Portugal. Abdica do trono brasileiro em favor de seu filho, Pedro II. E o resto da história você já sabe... Mas será que sabe mesmo?...
0 comentários:
Postar um comentário