domingo, 12 de março de 2017

Estrelas além do tempo.


Quando terminei de assistir a "Estrelas além do tempo" pensei comigo mesma "Que filme lindo!". Li uma crítica que dizia que escolheram fazer um filme água com açúcar sobre o tema do racismo, que não toca a fundo na ferida. Talvez diretor, roteirista ou quem quer que seja tenha realmente optado por fazer um filme água com açúcar, o que não quer dizer que, mesmo sutilmente, a ferida não seja cutucada e o filme não nos leve a reflexões. Vemos os perrengues que Katherine (Taraji P. Henson), Dorothy (Octavia Spencer) e Mary (Janelle Monáe) passam para serem reconhecidas em suas áreas, em meio a uma jornada dupla de trabalhadora e dona de casa, somados à questão racial. Vemos a separação racial nos banheiros, na hora de tomar o cafezinho. As personagens que fazem esse antagonismo são principalmente a de Kirsten Dunst e a de Jim Parsons. Triste é percebermos que passados mais de 50 anos dos acontecimentos retratados no filme, mulheres no mundo todo ainda passam por aquelas mesmas situações. Interessante no filme é percebermos que existia um grande grupo de mulheres negras trabalhando para a NASA nos anos 1960, mas o trabalho delas era à parte e quase sempre longe dos brancos. Destaco duas cenas, a que Katherine expõe as suas dificuldades para Al (Kevin Costner) e a que Mary fala com o juiz, expondo as razões pelas quais ela deve frequentar a universidade até então exclusiva dos brancos. Estrelas além do tempo talvez não seja um filmaço, mas é um filme que com toda a certeza merece ser assistido, para que cada vez mais possamos discutir questões como o racismo e o empoderamento das mulheres em nossa sociedade. 

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